“Ter sua marca pessoal clara é muito importante para você e seu negócio”. Talvez você já tenha lido ou ouvido alguém falar sobre isso por aí, correto?
Mas, você já se perguntou o por quê?
Talvez seu ‘eu do futuro’ esteja chegando por aqui agora. Hoje é dia 14/2/24, quarta-feira ‘de cinzas’ e estou atualizado os blogs dos meus negócios. Tenho uma rotina matunina para agilizar meus tempos em redes sociais. Priorizo comentários e dúvidas dos alunos e clientes em todos os perfis e, depois, visito as páginas dos meus professores. O tempo que sobra eu deixo para memes e DMs dos amigos.
Lá estava eu no perfil de um neuro e psicólogo quando dei de cara com um material que abordava a forma com que o mundo nos vê, aqui no Brasil.
Foram 20 segundos de leitura para 5 de reflexão sobre isso e a relevância de cuidarmos muito bem das nossas marcas pessoais. Afinal, o coletivo é composto do quê? Uma infinidade de marcas individuais, certo…
Primeiro, vou replicar aqui as informações colhidas e depois farei minhas observações, combinado?
Como o mundo nos vê
Imgs: IG Psi Eslen Delenogari
Como empreendedora, jornalista e estrategista de marcas, preciso lembrar que tão interessante quanto considerar as informações, é considerar as fontes (quem foram as pessoas que forneceram as informações), os lugares (a geografia e a história afetam o ponto de vista) e, sobretudo, é fundamental não generalizar porque ‘mundo’ é muita, muita gente. E duvido que o ‘mundo’ tenha sido questionado a respeito. Falamos de uma singela amostra. Vamos em frente com o objetivo deste artigo.
Percepções são relativas
Percebemos que, mais uma vez, características são neutras. Se as usamos para o bem, elas nos trazem muitos benefícios. Se as usamos para o mal, nos colocam em chão de brasa…
Essa alegria que é tão característica do nosso povo pode realmente não ser bem vista em países mais ‘sérios’ e, ironicamente, mais estáveis economicamente.
Nosso sol chama a alegria que, por sua vez, chama o choppinho no final do dia que, por sua vez, chama música. E tudo isso em dias quentes chama menos camadas e formas de tecidos. E esse combo caracteriza descontração e menos formalidade. Positivo ou negativo?
Entrando com você em editorias na nossa linha editorial: comunicação e imagem.
No Oratória de Performance – o curso de oratória e comunicação específico para quem tem Pequenos e Médios Negócios – abordo com você os dois temas acima: a comunicação e a imagem porque ambos importam e muito para sua imagem e para a imagem do seu negócio.
Existem estudos globais sobre percepção de imagem que contabilizam segundos de contato para que impressões sejam formadas. O que isso quer dizer?
Quer dizer que nosso cérebro leva segundos para olhar alguém e julgar por ele mesmo se alguém é ou não é confiável. Segundos. Sem conversamos, sem entendermos a que a pessoa veio, nosso cérebro realiza suas sinapses para definir se a pessoa vale nosso precioso tempo ou se devemos descartá-la da nossa atenção.
Corta a cena lá de fora e vem para seus perfis nas redes sociais: lá está você, em mais um dia de prestação de serviço ou produção dos seus produtos, em pequena escala ou média escala. Lá está você preparando seus vídeos, seus textos e programando o que entrega a esse ‘mundo’ sobre seu negócio.
Uma pergunta:
Você lembra da sua marca pessoa nesse momento? Você lembra que nem só brasileiros verão suas publicações? Se considerarmos o IG, por exemplo, não há entrega de conteúdos a um espaço geográfico restrito. É irônico porque a plataforma justifica ser impossível mostrar a você tudo que os perfis que você escolheu seguir postam (!) mas, está todo santo dia te recomendando novos perfis para seguir (!) #contemMUITAironia.
Sua marca pessoal corre o mundo. Sua marca pessoal BRASILEIRA corre o mundo.
É fácil lermos coisas como as que vimos acima e demonstrarmos uma certa revolta. “Caramba, eles não têm ideia do quanto o povo brasileiro rala para fechar o mês!”. Eles não têm mesmo, porque eles estereotipam o Brasil em função do que o país tem MAIS FORTE na marca ‘pessoal’, como nação. O que seria? Alegria, samba, praias, gente bonita, pouca roupa e futebol (nem tanto como antes, mas…).
Só que você, a cada dia que escolhe viver aqui, também é um micro-icro-icro Brasil. Você também é um pedaço da marca pessoal Brasil que é exportada cada vez que atende alguém de fora, que envia um produto para fora (ou ao menos conversa com alguém de fora) ou que aparece para alguém lá de fora.
Não, você não é responsável pela marca Brasil, mas é 100% responsável pela sua marca pessoal. E ela vai muuuuuuuuuuito além das poses de blaser com mão no queixo para provar que a mulher é ‘séria’ ou ‘confiável’ ou o cara, de terno bem cortado ou, no mínimo, a camisa bem passada para mostrar êxito no seu segmento.
Marca pessoal é o conjunto dos detalhes. É a soma de muitos atributos incluindo valores, escrita, narração, qualidade de fotos e vídeos, iluminação e todo sortimento do que você apresenta a seu respeito e a respeito do seu negócio, em cada álbum de figurinha que você tem: suas redes sociais. É a experiência de atendimento e de compra que você e seu negócio oferecem a cada pessoa que tem contato com você. É sua presença física ou, no caso do online, seu e-commerce, seu site e os marketplaces nos quais você quer estar.
Você não precisa andar o dia todo como quem dorme em um cabide, maquiada(o) o dia todo ou montada(o) o dia todo. Mas isso também importa, sim.
Isso soma-se ao conjunto de atributos que enriquecem a percepção da sua marca aos olhos alheios, daqui e de fora. Sabe por quê? Porque quem já tem pé atrás sobre outra marca pessoal similar à sua, talvez tenha um limite de tolerância ainda menor para considerar você e sua marca pessoal.
E, se você só tem segundos para impactar quem, talvez, não te conheça ainda, é quase certo que esse primeiro contato dar-se-á por uma imagem ou captação de vídeo.
Então, seu conteúdo importa muito. Desde que o outro lado dê a você o tempo de mostrá-lo. É por isso que cuidar da marca pessoal importa tanto. Nem sempre temos o tempo necessário para convencer alguém a esperar a hora do conteúdo.
Aqui, vale a máxima da personagem da falecida atriz Mara Manzan, o bordão, em ‘O Clone’: quando se trata de oportunidade para fixar a marca pessoal, ‘Cada mergulho é um Flash’. Pode não ter próxima oportunidade. Cuide da sua marca pessoal.
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