Pequenos gestos, grandes sinais. Como seu corpo fala antes mesmo que você diga uma palavra.
Autoridade não se anuncia; se percebe. Antes de abrir a boca em uma reunião, seu corpo já está dizendo quem você é – ou, ao menos, quem você parece ser. A forma como você entra na sala, se senta, se move e fala comunica muito mais sobre sua confiança do que o conteúdo em si. No #AulãodoPoP046, falamos sobre as técnicas de comunicação que constroem autoridade e alta performance nas reuniões, sem parecer forçado, arrogante ou artificial.
A parada estratégica na porta da sala
O primeiro instante define a leitura que as pessoas farão de você. É claro que existem formas e formas dessa chegada acontecer e tudo isso varia em função do seu contexto. Se você é um consultor, provavelmente virá da recepção do prédio e chegará sozinho. Agora, se é uma reunião com alguns membros de áreas, a turma tende a pegar o mesmo elevador e a conversa sobre o jogo do final de semana, as brincadeiras e comentários serão uma constante. Então, considere seu contexto, mas, sempre que possível aplique essa técnica:
Antes de entrar na sala, pare na porta. Aguarde meio segundo e faça contato visual com quem está presente. Um aceno de cabeça ou leve sorriso agrega muito. Parece insignificante, não é mesmo? Mas essa pequena pausa, que dura menos de um segundo, transmite presença e domínio da situação. É um sinal silencioso de que você não entra reagindo, entra assumindo o espaço.
A pressa de chegar e já falar revela insegurança. A pausa, ao contrário, comunica controle. É o corpo dizendo: estou aqui, consciente do ambiente e de mim.
O cuidado na forma de se sentar
A maneira como você se senta é uma mensagem visual direta sobre seu nível de autoconfiança. Evite se jogar na cadeira ou se ajeitar demais. Sente-se com naturalidade, apoiando o quadril completamente no assento, coluna ereta e pés firmes no chão. Nem frouxo demais, nem engessado demais.
O equilíbrio é o segredo: presença sem rigidez, conforto sem descuido. Quando você se senta com atenção, demonstra respeito pelo espaço e pelas pessoas, e isso é uma forma de autoridade.
Postura adequada: firme, aberta e humana
Autoridade não é endurecer o corpo. É alinhar presença com receptividade. A boa postura transmite credibilidade, mas se for exagerada, soa como caricatura.
A equação aqui é simples: não se encolha já que o corpo retraído comunica medo e submissão. No vídeo, exemplifico muito esse ponto e falo, inclusive, como essa postura infantiliza sua presença (deixo o vídeo ao final desse artigo). Por outro lado, também é ruim manter-se estático, parecendo que engoliu um cabo de vassoura. Isso mostra rigidez e insegurança, por incrível que pareça.
A posição ideal é aquela em que o corpo ocupa o espaço sem pedir licença, mas mantém abertura para o diálogo. É o ponto de equilíbrio entre firmeza e rapport: uma presença confiante que não ameaça, mas inspira respeito.
O triplo foco na hora de falar
Ao se expressar, ajuste tom, ritmo e clareza e mantenha atenção em três pontos simultaneamente:
- No relatório que é tema da reunião (exemplo)
- Em um colega presente
- Feche sua fala olhando para quem é a autoridade máxima na sala
Esse é o triplo foco da performance comunicativa.
Quem fala olhando para o ‘nada’ se desconecta.
Quem fala olhando apenas para uma pessoa, intimida.
Quem fala com os três focos em equilíbrio transmite domínio e empatia ao mesmo tempo.
As mãos: poder, não distração
As mãos reforçam ideias. Mas…não de qualquer jeito. Transmitem ideias desde que usadas com consciência.
Sendo assim, evite escondê-las sob a mesa (gera insegurança) ou levantá-las demais (gera agitação).
E cuidado com o gesto de “campanário” (dedos unidos em triângulo), tão usado para parecer confiante: quando forçado, transmite arrogância ou até gesto obceno (confira na aula porque demonstro tudo isso para você).
O ideal é deixar as mãos visíveis, livres e coerentes com o ritmo da fala. Elas não devem dominar a mensagem, mas acompanhar o discurso como uma orquestra silenciosa.
Presença não é teatro, é autoconsciência
Transmissão de autoridade não nasce do desejo de impressionar, mas da consciência sobre como você se manifesta. Cada gesto, pausa e olhar revela o quanto você domina a si mesmo.
Nas reuniões, onde o tempo é curto e o julgamento é rápido, a comunicação não verbal é o primeiro filtro da credibilidade. Treinar essas técnicas é treinar sua presença, porque é a presença que transforma boa comunicação em alta performance.
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