E as assinaturas do Instagram?

Em janeiro de 2022, a Meta lançou oficialmente o recurso de Assinaturas no Instagram. Emplacou com força? Digo que não. Essas novas ferramentas até possibilitam que os criadores foquem em produzir conteúdo de alta qualidade, sem depender apenas de anúncios ou patrocínios, e aumentem o engajamento e a lealdade dos seus seguidores. A questão ao meu ver está do outro lado: o lado de quem consome e estaria disposto a pagar. No IG. Portanto, se você é Creator e está cogitando oferecer Assinatura à sua comunidade, considere alguns pontos.

Acesso a Dados e Insights para Criadores

Nas opções vigentes de assinatura, os criadores têm à disposição uma série de dados e insights valiosos sobre o desempenho de seu conteúdo exclusivo. Esses insights incluem métricas sobre o uso de stickers e a interação dos assinantes com o conteúdo. Com essas informações, os criadores podem ajustar suas estratégias de monetização, otimizando a experiência e o engajamento do público.

Esses dados são essenciais para entender como os assinantes interagem com o conteúdo, permitindo ajustes que maximizam os resultados. Além disso, o Instagram oferece recomendações e práticas para que os criadores utilizem essas funcionalidades de forma eficaz e estratégica.

Seu conteúdo exclusivo protegido

Para garantir que o conteúdo exclusivo permaneça protegido, o Instagram introduziu recursos que impedem a captura e gravação de tela. Isso garante que somente os assinantes tenham acesso ao conteúdo exclusivo, mantendo seu valor. Além disso, a plataforma permite a exibição de teasers de stories para usuários não-assinantes, incentivando a assinatura para acesso completo.

Essas medidas reforçam a segurança para os criadores, assegurando que seu conteúdo não seja distribuído de forma indevida. Dessa forma, os criadores podem se dedicar à produção de conteúdo exclusivo com mais tranquilidade.

Só crie o serviço se tiver planejamento

O erro mais banal de todos chama-se empolgação. Tem novidade? A turma adere, testa, reclama, elogia… Mas até aí, com tudo gratuito, estava fácil. Quando a situação envolve dinheiro, criar conteúdo torna-se negócio real e o que mais se vê é gente cobrando assinatura e entregando conteúdo que mole-mole, está em qualquer lugar. Ou pior: conteúdo com zero novidade do que já está publicado. Gratuitamente.

Tem oportunidade e tem ladeira para escalar

Que as novas opções de assinatura representam uma boa oportunidade de engajamento e receita, estamos de acordo. Mas, ainda há suor nessa subida de ladeira porque, atualmente, apenas 0,14% dos usuários do Instagram pagam por assinaturas. O que isso significa? Uma taxa de adesão relativamente baixa.

Isso pode ser explicado por fatores como a concorrência acirrada e a falta de conhecimento sobre essas funcionalidades? Sim. No meu ponto de vista, o buraco é mais fundo: a comunidade de usuários do IG entende a plataforma como o reino da dopamina, o lugar da descompressão. Na faixa, gratuita, 0800. A gente não pensa em IG como pensa em clube de membros, do Youtube. É bem mais do que desconhecer que a função ‘assinatura’ exista. É não ver nexo em pagar pelo conteúdo. Aliás, venho falando com vocês e não é de hoje: a cada ano que passa, desde 2021, os criadores que jorravam conteúdos de cursos pagos nos feeds, gratuitamente, para mostrar que sabiam dos temas e assim conquistar mais alunos / clientes, têm diminuído muito e partido para uma linha editorial bem mais leve, com cases de mercado muito mais superficiais, batalhando por um lugar na atenção, em meio à enxurrada de memes e infotenimento.

A plataforma tem trazido algumas melhorias no quesito geração de receita. E se o criador se empenhar demais, até há potencial para aumentar as chances de sucesso na monetização.

O êxito depende de planejamento e do uso estratégico das funcionalidades. Meu conselho para você é compreender, antes de gastar muito fosfato, se sua comunidade está disposta a pagar por conteúdo seu, ali.