Como a rejeição na infância impacta sua comunicação na vida adulta

Falar bem não é sobre dominar palavras. É sobre dominar presença. É sobre entender que toda expressão (o corpo, o olhar, o silêncio) comunica.

Entenda por que falar bem é sobre muito mais do que o que se diz

O problema é que muitas vezes o que você comunica vem de lugares que você nem imagina: experiências antigas, memórias emocionais e, sobretudo, rejeições que você viveu lá atrás.

É um tema muito importante que os alunos do Oratória de Performance trazem com frequência. Criamos a vídeoaula no #AulãodoPoP041, onde mergulhamos na ideia de como a forma como você fala hoje pode ser um reflexo direto da forma como aprendeu a ser aceito na infância e decidimos ampliar ainda mais o tema aqui no blog também. 

A infância como o alicerce da sua comunicação

Durante a infância, aprendemos o que nos fazia ser aceitos e o que nos colocava em risco de rejeição. Cada gesto de aprovação ou crítica molda a maneira como nos expressamos.

Se uma criança foi elogiada quando falava pouco, pode se tornar um adulto contido, que evita se expor. Se foi ridicularizada por errar, pode crescer insegura, tentando medir cada palavra antes de falar.

A comunicação adulta é, muitas vezes, a continuação desses mecanismos de proteção. É por isso que tanta gente com excelente conteúdo sente travas na hora de se apresentar, de gravar vídeos ou de defender ideias no trabalho.

O corpo fala antes da primeira palavra

Mesmo sem dizer nada, você comunica. O corpo entrega aquilo que a mente tenta esconder.
A rejeição reprimida aparece nos ombros tensos, nas mãos inquietas, no olhar que foge, na respiração curta.

Esses sinais não passam despercebidos. O público sente. O interlocutor percebe. E é assim que a comunicação perde força, não pelo conteúdo, mas pela desconexão entre o que é dito e o que é sentido.

Falar bem, portanto, começa por reconhecer o que o corpo está contando sobre você.

O tom da voz carrega mais do que emoção: carrega história

Sua voz é um retrato emocional.
O medo de errar pode deixá-la contida. O medo de ser julgado, trêmula. A necessidade de agradar, doce demais.
A voz denuncia quando há medo ou confiança, submissão ou presença.

Trabalhar a comunicação sem olhar para esses traços é tentar pintar uma parede sem tratar as rachaduras.
A voz não muda apenas com técnica, mas com consciência. E essa consciência começa quando você entende de onde vem o padrão que molda o seu tom.

Rejeição e perfeccionismo: o par invisível que bloqueia sua expressão

Muitos comunicadores travam não por falta de preparo, mas por excesso de autocobrança. Esse perfeccionismo é, na verdade, medo de rejeição disfarçado de zelo. Você quer acertar tudo porque, lá atrás, aprendeu que errar era perigoso.

O problema é que essa lógica infantil não funciona no palco da vida adulta. A comunicação real exige vulnerabilidade, erro, tentativa. Quem se permite falhar comunica com verdade e é isso que gera conexão.


Leia também
Destrave seu lugar no melhor e mais completo treinamento de comunicação e oratória

O caminho da libertação: ressignificar, não reprimir

Superar padrões de rejeição não é fingir que eles não existem, mas dar um novo significado a eles.
O primeiro passo é reconhecer o que sua comunicação expressa quando você não está tentando controlar. O segundo é treinar o corpo e a mente para reagirem de forma diferente.

Técnicas de oratória ajudam, mas só até certo ponto. O que realmente transforma é autoconhecimento emocional aplicado à expressão. É quando você deixa de falar para ser aceito e começa a falar para ser compreendido.

A comunicação é cura em movimento

Falar bem nunca foi sobre palavras bonitas. É sobre presença, coerência e verdade. A infância molda a base da sua comunicação, mas é na vida adulta que você pode reconstruir essa base com consciência. A comunicação é o palco onde a rejeição se manifesta, mas também é o espaço onde você pode curar o medo e transformar sua voz em presença.

No #AulãodoPoP041, você vai entender como esses padrões se formam e como libertar sua expressão do passado. Porque comunicar bem não é convencer o outro. É reconectar-se com quem você é  e deixar que isso apareça em cada palavra, gesto e silêncio.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *